terça-feira, 28 de setembro de 2010



A PROUCURA DE UM NOME

Assisto a todo o letreiro
Depois que o filme acaba
Só para ver se encontro meu nome ou meu personagem por lá...
Como é difícil se encontrar naquelas letrinhas miúdas
E que sempre passam rápidas de mais...
Saber qual trilha sonora me acompanha, já desisti!
Perdi também as referencias de todas as vidas!
Que personagens somos agora?
Com quem contracenamos?
Somos somente coadjuvantes?
Sei que vale a pena sair para dançar sob a chuva tão esperada...
Pois a sequidão anterior sufocava e acabava com todo verde
Que pudéssemos imaginar,
Verde que morria por falta de água ou pelo fogo criminoso
Posto por mãos vacilantes e descontentes...
Acaba o letreiro,
E como cinza de fogo extinto
Pulverizo-me ao soprar do mais fraco vento
Que me arrasta em partículas insignificantes
Pra bem longe...
Para fora do meu alcance...
Destruindo mais uma vida fictícia
Que tentava vivenciar.

Fim de tudo, tela escura.
Hoje já nem temos a tecla de rebobinar:
Os sonhos é que são felizes por serem infinitos...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010



UM SABOR DE VIDRO E CORTE

Corações amigos
Estávamos em pleno nascimento...
Corações latinos,
Corações irmãos
Hoje e Sempre...
Mil tons nos deram paz
E sabedoria
Para seguirmos em frente,
Cada um em sua vida,
Cada qual seu destino,
Destinos cruzados
Por amizade febril...
Cada um a favor,
Um por todos,
Todos por nós mesmos...
É sempre bom compartilharmos
Nosso amor,
Nossa luta,
Nossas conquistas,
Nossos sonhos...
Corações amigos...
Corações irmãos...
O Milton nos deu
O coração americano,
Perseguido e cansado...
Mas o agradecemos
Por termos a oportunidade
De sermos
Eternamente irmãos
No sangue
E na comunhão...
Bravios somos
O que juntos nos tornamos!

terça-feira, 14 de setembro de 2010



PASSAMOS POR ELA

A vida.
Como pode a vida nos mostrar
Que nada é pra sempre
E nos dar em seguida
Um pra sempre, maior – agarrar.

A vida.
Como pode a vida nos dar
A cada momento sem esperança
Um amor – mulher,
Uma única forma de amar.

A vida.
Como pode a vida ser
De forma tão rápida
Que não me deixa viver
O tempo suficiente pra te ter.

A vida.
Como pode a vida ensinar
Que o amor esta em mim,
Corroendo meu corpo
Pedindo por um pedaço do seu.

A vida.
Como pode a vida me trazer
A alegria de te ter
De suar no seu prazer
De viver por você.

A vida.
Que agora me ensinou a viver...
Viver você...
A vida,
Que a ti me levou...
Há de deixar...
Que contigo me deixe morrer...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010


NA DÚVIDA

Sinto saudades de mim
Quando era sem querer ser.
Atualmente, não sou
E quero simplesmente ser.
Enfim...
Sinto saudades!