MORMAÇO NOTURNAL
DIÁRIO
O barulho da chuva no
telhado
alivia a dor causada pelo calor ardente
que matou o dia de desidratação.
alivia a dor causada pelo calor ardente
que matou o dia de desidratação.
Agora à noite tudo é
diferente,
o alívio no peito vindo com a brisa que sopra saída não sei de onde...
o alívio no peito vindo com a brisa que sopra saída não sei de onde...
A chuva é um alívio
para todos...
pena que não tem o poder de renovar todas as vidas...
pena que não tem o poder de renovar todas as vidas...
Vindas águas...
águas vividas,
são bem vindas as tardias águas de novembro,
que atualmente cai sei lá em que mês... quando e onde!
águas vividas,
são bem vindas as tardias águas de novembro,
que atualmente cai sei lá em que mês... quando e onde!
A vida tinha que ser
vivida como água telhado abaixo...
sem retorno, em um único momento finito.
sem retorno, em um único momento finito.
Cada lamento de calor
teria que ser obrigatório a estadia,
de um dia,
de baixo da chuva que hoje custou a cair...
de um dia,
de baixo da chuva que hoje custou a cair...
cair.... cair...
caindo...
O que não posso
apanhar com minha mão,
posso aprisionar com minha imaginação,
isso se a dor em meus olhos permitir dizer adeus,
sem assim o dizer.
posso aprisionar com minha imaginação,
isso se a dor em meus olhos permitir dizer adeus,
sem assim o dizer.
Será que aguentaria
essa dor mais vezes?
Fora de minha mão,
como dor alheia de corpo e presente em alma...
como dor alheia de corpo e presente em alma...
Tudo que eu queria e
não fiz,
tudo fora de minhas mãos...
tudo do lado oposto: espelho as avessas...
tudo fora de minhas mãos...
tudo do lado oposto: espelho as avessas...
Seria eu o reflexo
convexo do que quis?
Sou um disco que roda
ao contrario,
só quem conhece a faixa profundamente é capaz de entender o que digo nesse exato momento...
só quem conhece a faixa profundamente é capaz de entender o que digo nesse exato momento...
uhpipuhebpiuhrfpqiowfpqowepioeh
xuqwoe pdhaqoiwefhguqhwef,........
E quem me conhece
profundamente?
Nem eu sei quem sou!
Sei lá pra onde vou!
E para que pensar em
quão bonito pode ser a humanidade,
- o que não creio que
seja -
se lá fora continua a
chover,
a lavar a podridão do
chão imundo?
Vazante humana...
Será que banho de
chuva lava o caráter, a alma,
Os micróbios?
Os micróbios?
Desde o início dessa
prosa milongueira a chuva cai,
desde o início de
nada, a chuva cai!
E a noite lá fora
continua envolta em sua tristeza mórbida.
Noite sábia!
Noite sábia!
Todos que esperam a
chuva,
Todos que vivem e
sobrevivem na noite findam.
Assim como a noite,
finda todo santo dia!