sexta-feira, 4 de janeiro de 2013



MORMAÇO NOTURNAL DIÁRIO

O barulho da chuva no telhado
alivia a dor causada pelo calor ardente
que matou o dia de desidratação.
Agora à noite tudo é diferente,
o alívio no peito vindo com a brisa que sopra saída não sei de onde...
A chuva é um alívio para todos...
pena que não tem o poder de renovar todas as vidas...
Vindas águas...
águas vividas,
são bem vindas as tardias águas de novembro,
que atualmente cai sei lá em que mês... quando e onde!
A vida tinha que ser vivida como água telhado abaixo...
sem retorno, em um único momento finito.
Cada lamento de calor teria que ser obrigatório a estadia,
de um dia,
de baixo da chuva que hoje custou a cair...
cair.... cair... caindo...
O que não posso apanhar com minha mão,
posso aprisionar com minha imaginação,
isso se a dor em meus olhos permitir dizer adeus,
sem assim o dizer.
Será que aguentaria essa dor mais vezes?
Fora de minha mão,
como dor alheia de corpo e presente em alma...
Tudo que eu queria e não fiz,
tudo fora de minhas mãos...
tudo do lado oposto: espelho as avessas...
Seria eu o reflexo convexo do que quis?
Sou um disco que roda ao contrario,
só quem conhece a faixa profundamente é capaz de entender o que digo nesse exato momento...
uhpipuhebpiuhrfpqiowfpqowepioeh xuqwoe pdhaqoiwefhguqhwef,........
E quem me conhece profundamente?
Nem eu sei quem sou!
Sei lá pra onde vou!
E para que pensar em quão bonito pode ser a humanidade,
- o que não creio que seja -
se lá fora continua a chover,
a lavar a podridão do chão imundo?
Vazante humana...
Será que banho de chuva lava o caráter, a alma,
Os micróbios?
Desde o início dessa prosa milongueira a chuva cai,
desde o início de nada, a chuva cai!
E a noite lá fora continua envolta em sua tristeza mórbida.
Noite sábia!
Todos que esperam a chuva,
Todos que vivem e sobrevivem na noite findam.
Assim como a noite,
finda todo santo dia!