terça-feira, 1 de abril de 2014

LINHAS QUE NÃO SÃO MINHAS


LINHAS QUE NÃO SÃO MINHAS

Se eu não existisse,
Que mente e mão
Estaria com a razão
Nessas linhas que não entendo,
Que não são minhas?
De quem seriam essas idéias?
De quem seria esse canto?
O frio me castiga.
O café me aquece como um manto.
Não aguento mais o peso da pena,
Solto-a e adormeço
Em uma leveza plena.
Não sou o mesmo
Que era antes de prosseguir
Sem persistência,
Pois agora sem mente
Nem mão ou razão
Desapareço, extingo-me.
Deixo-me livre
Para viver
E seguir em outra direção...