quinta-feira, 13 de agosto de 2009



NA NOITE ANTERIOR A HOJE

Inseto
Que voa esbarrando na noite
À procura de luz.
Zunido incandescente à lâmpada,
Perdeu agora sua espada envenenada:
Ferrão e abelha no chão.
Apaga-se a luz
Tudo se esfria, escurece
O sono me chama
A guerreira morre.
E as outras onde estão?
Morreram como os meninos homens,
Hoje corruptos,
Que visavam a grande colméia em 64?
Somos hoje produto do pólen,
Filhos da colméia
E secamos cada favo de mel
Sem repô-los, secamos tudo:
A luz,
O zunido,
A espada,
O sono,
O sonho,
O mundo.
Seco e moribundo
Retiro-me
Torrado à luz incandescente.

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