domingo, 23 de agosto de 2009



TARDE (E) SEM CHUVA

Meu amor, dôo-te minha felicidade
Para que possas rir em língua estrangeira
E se agasalhar com meu sorriso.
(Lá fora o barulho é ensurdecedor
Murmúrios de vozes sem rostos
De pessoas sem nome
De vultos sem corpos).

Dôo-te não só a felicidade
Como também as batidas de meu coração
Para que ele possa acelerar seu sangue
Suas metas de vida
Sua volta
(Lá fora parece que vai chover,
Mas não chove)!

Aqui ta frio,
O sol se foi com você, por quê?
Dê um drible na noite,
Volte para o lado de cá
E traga o sol de volta
Com você.
Traga de novo minha luz,
Porque lá fora
Não tem nada, não tem ninguém,
Só lembrança e lamentação
E solidão.

Traga de volta o meu sol!
Para o ipê, que vejo no horizonte
Volte a brilhar.
Para que o canário volte a cantar.
Para que o bem-te-vi,
Possa te falar:
Que bem que te vi.

Lá atrás do morro, no fim da minha vista
Parece que estou vendo um clarão...
Esperança de ser você
Voltando com
O sol no coração...

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