segunda-feira, 5 de outubro de 2009



CLAMOR

Um grito de encontrar
Sem de fato procurar!

Perambulando deparo
Com fruto mundo obscuro,
Tomo um pouco de ar
Vejo o céu, enxergo.
Olho os pássaros, vejo.
O sol está nublado, mas está no seu lugar.

Vou de encontro ao rio
Que deixa sua água passar,
Passando,
Sem desperdício, cortando a terra
À procura do mar.

Ah nuvem, de onde veio?
Como se formou tão densa?
Onde sua lágrima vai soltar?

O rio é lágrima de nuvem.
O céu é rio de nuvem.
A nuvem é estrada de pássaros.
O sol é lâmpada lunar.

Como viver essa vida
Que corre como um rio,
Que voa como o pássaro,
Que é densa como a nuvem,
Que se transforma como o sol?

O grito é o remédio do dia
O dia é a solução da vida
A vida é fonte de nuvem.

Aqui perdido,
Deixo minha vida!
Que o rio a leve,
A transforme em nuvem,
A aqueça de sol,
E a dissemine como lágrima.

Vai vida
Parta como o grito, à viva força.
Liberte-se no ar, como os pássaros.
Se encontre no universo, sem se procurar.

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