terça-feira, 2 de março de 2010



PROJETIL

Assim como bala
Que já sai do cano
Cheirando a sangue
Somos condenados
Ao fado já traçado.
O tambor gira
Mas o gatilho já não obedece
Aos comandos,
Bala de “matadeira”
Desperdiçando vidas alheias!
Sem controle
E sem noção
De uma situação
Que antevejo,
Cuspo no chão
A espera do tempo
Que a ampulheta viscosa
Me dá até secar,
Tempo precioso
Que tenho para pensar
Únicamente em mim...
Meu tempo é cuspe seco,
É marca no chão de ninguém!
Decomponho vivo:
Vivo, perco meu alento de compor...
Como animal morto à beira da estrada,
Espero que os urubus
Se alimentem de minha carne,
Façam-me desaparecer.
Defecado de volta ao solo
Torna-me combustível fóssil
Ou desejo de mulher:
Fruto de carbono puro,
Diamante perfeito
Sem lapidação.

3 comentários:

  1. meu caro autor,cuspe no chão me remete a uma história antiga,cujo tempo era de "ditadura" e intolerancia.Esse contexto,acabou por formar um dos melhores e mais honestos homens que conheci...O cuspe seco era o tempo dele...e veja só como ele soube "aproveitar" o tempo que o cuspe levava pra secar...
    Saudades dos sonhos de valsa,das cerejas,moquecas e da fé que aquele homem tinha na gente....O tempo é de pensarmos:onde está a fé que temos em nós mesmos?

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  2. Fala Alysson!
    Cara, faz um tempinho que não leio seus "pensamentos".
    Esse vc tava chapado qdo escreveu né. rsrs. Num entendi nada. rsrs.
    Abração cara
    LEAL

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  3. Tente pensar em destino, pouco tempo para você mesmo e trasformação! Recomendado com álcool...

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