sábado, 7 de janeiro de 2012



BEM VINDO FIM DO MUND0

Vida estúpida que nos leva a um único caminho.
Onde nos levará o caminho da vida?

Vida... frágil e duradoura
como as linhas de uma pintura rupestre,
fabuloso desenho esculpido em uma rocha,
traços trêmulos e desgastados
esquecidos, de lado,
em um sítio arqueológico qualquer
no centro do árido piauí...
Lugar que já fora mar
hoje é seco e tedioso,
Poeira pura,
resto do fim do mundo passado.

Vida... que nos incinera,
como se fossemos uma única tocha de fonte de luz.
Vida,
Com que brilho me iluminaste?
Que presente trazes à minha porta?
Que parte me cabe nesse mundo?

Será pura racionalidade
o que o homem irradia?
Vadia!

Acabará por ser única,
não haverá outra dor
somente a dor do fio frio da navalha
no punho fino,
o puro e simples corte do
sacrifício de cometer o suicídio.

Fim do corpo, perpétuo escravo
da luz...
Sorte na viagem...
Adeus!

E no chão abaixo de mim
passo o mata borrão
em meu sangue espalhado,
Para que não haja dúvida
na escrita do que fui.

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