terça-feira, 5 de agosto de 2014


DELÍRIO

Carbonicamente hediondo,
Lavando pseudos filhos
No álcool,
Escuto versos Augustos
Sentindo-me alto.
Saio de meu corpo por segundos
Com meus olhos moribundos
E minha mente besta.
O único movimento que conheço
É o movimento de minha cabeça
Cambaleante para os lados
Procurando desesperadamente
O que comer...
Imagino seu corpo ao meu lado...
Viril,
Procuro no máximo dos absurdos
Lá no fundo do meu copo,
O seu corpo nu.
Com um afago imaginável
Rasgo-te em mil pedaços
E entre meus dedos raivosos
Esmago-te como uma massa
Feita de suor, lágrima e
Geleia molecular...
Sua ameba insignificante
Você se tornaria um nada
(novamente)
Seria o fim do seu mundo
Na virada de mais um copo
Por minha garganta a baixo.

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