segunda-feira, 28 de setembro de 2009



VIGOROSO

Um quarto
Dez mil histórias
Duas vidas distintas
Um destino.

Cada fragmento de pele esquecida
Se recompondo
Em flocos de lembranças.

A pouca brisa lá de fora
Luta para atravessar as frestas da janela
Levantando o cheiro do seu corpo
E movendo o rio de fumaça
Que nascem entre seus dedos.

O sol, sem piedade, nos lembra
Que lá fora há vida,
Que lá fora a vida se recria.
(em recreio)
O sol que aquece a laje
E transpira nossos corpos,
Nasce as avessas
De cima para baixo
Dentro de um vestido.
(e como brilha esse sol envolto em pano fino e perfumado)

A noite chega
Uma noite não esperada
Estrelas que lardeiam o fim do dia
Sombra fria que leva o domingo
Luar que expulsa as lembranças
E decreta
O fim do quarto.

O sol é puro corpo
A noite é tenra consciência
Em um domingo de
Afável experiência.

4 comentários:

  1. "Meu caro autor",seu poema me fez recordar de uma música antiga,da qual não sei se você se lembrará:"Você segue o trem azul,o SOL na cabeça,você segue o trem azul, o SOL na cabeça,você na cabeça....".Havia uma outra versão também,mas esta vou deixar por conta da sua memória....Ah!Esses fósforos estavam tentando filhos? kkkk

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  2. gente adorei esse poema hein..muito lindo msm rsrs
    bjos da Lubinha

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  3. Também adorei Sal!
    Está de parabéns... Queria comentar seu blog antes, mas só me senti a vontade depois de falar com você..rsrsrs...
    Abraços!!!

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