sexta-feira, 4 de dezembro de 2009



A POUCA DISTÂNCIA

Atualmente me corto
Mais ao fazer a barba,
Coisa que jovem não faz,
Não a barba, se cortar.
O tempo nos deixa
Cada vez mais vacilante,
O que é preocupante,
Pois barba se faz cotidianamente
E não tenho tanta pele a gastar.
O que o tempo nos faz...
Nos leva a subsistir.
Cada vez mais,
Existindo individualmente,
Necessitando dos outros para tudo!
Como pode ser?
Haverá um dia próximo,
Que tremulo,
Olharei para o espelho
(com a lâmina afiada na mão)
Fitando a barba
(e o pescoço)
Por fim,
Desistirei de fazê-la
Deixando-a sempre por vir
Até atingirmos o chão.

(Barba e
Corpo
Confundem-se
Dentro de qualquer caixão)

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