segunda-feira, 7 de dezembro de 2009



PEDAÇO DE SUBSTÂNCIA SÓLIDA

Preto é a cor predominante
Nos sonhos que não possuo
Ou nunca lembro.
A lembrança é forma de sonho
Ou estado de presente
Preso ao passado?
São vagos...
E confusos os pensamentos
Que tenho a respeito de ser,
O ser tornando-se,
O ser sendo,
Apenas no sentido de ser...
Existir...
Sem poder divino,
Sem natureza humana,
Ser... somente ser...
Como uma pedra
Que atiramos ao lago sem pestanejar,
Que agora possuirá uma vida de pedra
Subaquática...
Ser,
Não importa onde estiver.
Essência de pedra atirada ao relento
De cada noite...
Serei uma pedra,
Por não sonhar?
As lembranças e sonhos futuros
Não seriam parte do presente,
Por estarem nesse momento se passando
Por minha cabeça?
Se lembro e penso agora,
Isso não é presente?
(sem passado... nem futuro...)
Pedra...
Quero ser uma pedra
Atirada ao lago
E viver uma nova vida
Subvida,
Sobrevivida...
Como é difícil ter vida de pedra!
(pedra com graça, vivacidade e espírito)
Sou inorgânico...
Afinal, como me chamam
Sou sal:
A derradeira pedra
No jogo da existência
Dessa vida banal.

2 comentários:

  1. Cara, kda dia melhores... Esse é mto massa. parabens
    abraçãooo
    ate
    LEAL

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  2. Meu caro autor,seus sonhos logo serão clarão,pois o sol, envolto em tecido fino, visita-te (porém ainda não se lembra) todas as noites, em serão!

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