segunda-feira, 2 de agosto de 2010



INTEGRAL

Certo que o futuro é insubordinado
E o passado ínfero,
Assumo o presente em pretérito
No momento
Que estás lendo.
O que ficou de nós?
Ficou?
O que escrevo fica,
Mesmo que empoeirado
No fundo de uma gaveta escura
E esquecida
(não mais aberta)
Mas fica!
Fica aos olhos de quem
As encontre.

Sem crer
Nem saber
De quem vieram
Por não as ter.
As palavras persistem
(antiquíssimas)
À frente de mim.

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