terça-feira, 28 de setembro de 2010



A PROUCURA DE UM NOME

Assisto a todo o letreiro
Depois que o filme acaba
Só para ver se encontro meu nome ou meu personagem por lá...
Como é difícil se encontrar naquelas letrinhas miúdas
E que sempre passam rápidas de mais...
Saber qual trilha sonora me acompanha, já desisti!
Perdi também as referencias de todas as vidas!
Que personagens somos agora?
Com quem contracenamos?
Somos somente coadjuvantes?
Sei que vale a pena sair para dançar sob a chuva tão esperada...
Pois a sequidão anterior sufocava e acabava com todo verde
Que pudéssemos imaginar,
Verde que morria por falta de água ou pelo fogo criminoso
Posto por mãos vacilantes e descontentes...
Acaba o letreiro,
E como cinza de fogo extinto
Pulverizo-me ao soprar do mais fraco vento
Que me arrasta em partículas insignificantes
Pra bem longe...
Para fora do meu alcance...
Destruindo mais uma vida fictícia
Que tentava vivenciar.

Fim de tudo, tela escura.
Hoje já nem temos a tecla de rebobinar:
Os sonhos é que são felizes por serem infinitos...

Um comentário:

  1. Meu "querido autor", penso que assim pensamos e sentimos "eu, você e todo mundo que a gente conhece" ....rsrsrs

    ResponderExcluir