terça-feira, 29 de março de 2011



PALAVRAS

Torna-te alimento das palavras
Que estão soltas no ar...

A maioria dos meus dias vividos
Até agora foram felizes,
O restante deles
Foram normais...

Soltas no ar...

Apanha-as e reviva a felicidade,
Sem se esconder sabe-se onde!
Porque não me chegam as frases?
Porque não dou conta de pega-las?

Soltas...
Que diabos!
Estão soltas e sem nexo...

Não consigo formar uma mísera frase sequer!

Soltas, completamente soltas,
Quisera que todas seguissem um fluxo só,
Como um rio,
E ao desaguar em um mar
(de palavras)
Se tornassem
Um belo poema para um amor...

Mar salgado,
Cheio de areia e ressaca
Lambuze dentro e fora
De nossas vestes mínimas...
Assim quando chegar em casa
Ainda me lembraria de ti,
Do poema,
E do dia...
Pois encontraria a areia esquecida
Em meus bolsos...
A pegaria em minhas mãos
E veria a água do banho
A levar para o ralo...

Soltas...
Novamente indo direto para o mar...

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