segunda-feira, 10 de maio de 2010




PEQUENO MUNDO MENINO

Quando eu tento falar
Minhas ideias ultrapassam
A velocidade da fala...
Me calo!
Em outro momento
De puro regalo
Penso em mim quando menino
Sei que a pureza ainda não extermino,
Vivo em paz e com vida tranquila...
Até onde posso expandir meu mundo?
Esse pequeno mundo,
Bola que cabe na mão
E desaparece em imagem,
Terra magnifica em vastidão...
Pobre menino dividido em três estados,
Viajante de longas estradas
Ganhaste amores por onde passaste,
Perdeste amores de onde partiste.
Onde estarão as flechas destes amores
Hoje cravadas?
Pequeno menino
Sempre achaste que o mundo
A ti pertencias,
Pobre menino que descobriu
Tarde de mais,
Que nem seu pó merecias...
O mundo não te cabe
Miúda criatura
Desmanche logo esse sorriso
Que nos mostra formosura
E esqueça-te da terra,
Dos amores
E de qualquer criatura,
Volte para seu tempo
- seu espaço sem ternura -
E proteja-se dos deuses
Que o querem transformá-lo
Em um exemplo de alvura.
A sua inocência
É o ponto de convergência
Entre a maravilha da natureza
E a maldade do homem
Em seu maior grau de grandeza.
Para que não haja
O fim do mundo
O que nos falta é humildade
Amor e muita, muita
Gentileza...
Dorme menino,
Dorme e sonha
Com seu maravilhoso mundo
Sem qualquer tipo de avareza,
Mundo de sonho esse
Que após acordarmos
Nos pegamos com uma tristeza
Por sabermos que nada mais nos resta
Para alcançarmos a paz
Em tamanha grandeza...
O menino dorme.
O homem dorme.
Os deuses dormem.
Só quem não dorme é o mundo
Cansado de carregar tanto peso,
Tanto sonho,
Dessa população de vagabundos.
Homens e deuses se transformam
No último olhar
Do pequeno menino moribundo:
Fecham-se os olhos...
Cessa-se a respiração...
O que resta é o pó do mundo
No mais vasto
E infértil chão...

Um comentário:

  1. Fala Alysson.
    Fazia tempo q nao passava por aki pra ler suas loucas ideias (as vezes, chapadas ideias. rsrs).
    Hj to tranquilo em casa, entao to lendo alguns aki. Esse é bem legal
    parabens
    abraço
    LEAL

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